Páginas

sábado, 15 de setembro de 2012

Precauções em caso de terremoto

Acho que todo mundo sabe que no Japão tem terremoto, não é? 
Essa ilha está em cima de algumas placas tectônicas que estão em constante movimento, e isso gera os temíveis tremores. Alguns as pessoas nem sentem, mas outros podem causar muitos danos e gerar até tsunami. 

Acho que isso é uma das coisas que meus amigos e parentes mais tem curiosidade em relação à nossa estada aqui. Todo mundo pergunta: "e ai, passou por muito terremoto lá?", "teve medo?", "tremeu muito?" "treme todo dia?". Vou responder pra vocês, tá bom, devem estar curiosos... rs... até parece! 

Bom, aqui em casa, em Nagoya, tiveram 2 terremotos nesse tempo que estamos aqui. Mas 1 foi tão fraco que eu não senti e outro foi tão leve que eu pensei que fosse um caminhão passando, se não fosse meu marido falar que era e logo avisar na globo eu não saberia (que bom). 

Mas quando nós fomos passear em Tokyo, passamos por um terremoto até razoável, de 4 pontos na escala japonesa. Só que eu reagi de uma forma muito mais tranquila do que eu imaginava, eu agi praticamente como uma japa. Eu estava muito, mas muito cansada após um dia de andanças pela cidade, então a noite capotamos na cama.
Como nós estávamos no 12º andar, o tremor era um balanço. O prédio ia de um lado para o outro, como um ninar (acho que se o meu marido não me acordasse eu não acordaria). Peguei meu bebê no colo (afinal ele estava embaixo do ar condicionado - perigoso cair) e eu quis olhar pela janela. Era uma experiência estranha e diferente, todos aqueles arranha-céus no balanço da terra. Dentro do apartamento, nada caiu. Tudo era preparado, com um super amortecedor. Acho que tudo isso durou uns 30 segundos. Eu não tive medo, juro! Assim que acabou, virei para o lado e dormi. Deve ser pelo cansaço, mas também por saber que eu estava num lugar muito seguro.

Vou ser muito sincera, eu no dia a dia não penso em terremoto (diferente do meu marido e de algumas amigas). Acho que se não eu ficaria doida! hehe. Prefiro não pensar, se acontecer, aconteceu, fazer o quê. Só tenho que pensar no quê fazer. Os japoneses sugerem fazer uma mala com objetos preventivos, que eu deveria ter feito há muito tempo, mas não fiz. Vou fazer! Prometo! rs

Às vezes acontecem terremotos menores em países menos preparados e muito mais acidentes e mortes que aqui. Porque no Japão, já que os tremores são constantes, eles investem em amortecedores e objetos de prevenção. Como por exemplo, prendem os móveis nas paredes, tem lustres leves, não colocam camas perto de janelas, etc.

Na loja de departamentos, ou supermercados, tem um setor específico com esses itens. Eles também fabricam comidas prontas e pré-prontas especiais em saquinhos e latas. Vejam algumas fotos:



Setor de segurança para casa, na loja de departamento, no shopping

Comidinhas práticas, que basta colocar água (ou nem isso)

Utensílios de segurança 



Kit completo, já vem até garrafa d´água, mas o preço é meio salgado, custa em média  R$ 128,00.

Suporte para prender os móveis no teto. (acho isso demais! rs)


Sempre que dá um terremoto, a televisão dá o alerta. Tanto a televisão japonesa quanto a globo internacional. Mostra o mapa do Japão e umas bolinhas de onde foi o tremor. Dependendo da cor da bolinha é o tamanho na escala. Esses dias não teve nenhum terremoto, ainda bem. Mas para colocar no blog, tirei foto desse alerta de tsunami, já que teve um forte terremoto nas Filipinas e as ondas chegariam aqui. Confesso que fiquei morrendo de medo e fiz minha mala básica, além de ficar com a chave do nosso amigo que mora no 5º andar do nosso prédio, se caso realmente tivesse alguma coisa eu correria pra cima, já que moro no térreo.




Vejam que dicas importantes, principalmente para quem está no Japão ou pretende viajar para cá. Foram tiradas do site em português da Prefeitura de Aichi (onde eu moro). http://www.pref.aichi.jp/global/pt/living/prevention/index.html

Referências de reação após um terremoto

(1) 0 – 2 minutos após o terremoto
  • Proteger-se
    Afastar-se de móveis que podem tombar e esconder-se sob uma mesa ou outro móvel resistente e não sair desesperadamente.

(2) Logo após o terremoto
  • Prevenir focos de fogo e assegurar uma saída
    Fechar o registro de gás e retirar os fios da tomada. Apagar os fogos na fase inicial, mantendo a calma assim que perceber algum foco de incêndio. Abrir portas e janelas para assegurar uma saída de emergência.

(3) Três primeiros dias após o terremoto
  • Verificar a segurança da família e ficar atento para os abalos sísmicos secundários
    Não se aproximar de casas semi-destruídas. Chamar os vizinhos e dependendo das condições, abrigar-se a pé.
  • Atividades de extinção de incêndio, resgate e salvamento na vizinhança
    Colaborar com as atividades de extinção de incêndio, regaste e salvamento de pessoas machucadas.
  • Superar a situação 
    Usar a água e comida estocada para emergência. Tomar cuidado com boatos e assegurar informações corretas.

(4) A partir do quarto dia após o terremoto
  • Manutenção e retorno à vida cotidiana
    Continuar atento aos abalos sísmicos secundários e coletar informações. Voltar seus esforços para a restauração.
3. O que fazer em um terremoto

(1) Quando estiver dirigindo
  • Segurar firmemente o volante do carro, reduzir gradativamente a velocidade, estacionar no lado esquerdo da via e desligar o motor.
  • Verificar as condições do local, mantendo a calma até passar o abalo sísmico e coletar informações através do rádio do carro.
  • Caso seja necessário abrigar-se, deixar a chave no contato e não trancar as portas, porém não esquecer de levar os documentos do carro (certificado de inspeção, etc.) e os objetos de valor e abrigar-se a pé.

(2) Na rua
  • Não ficar imobilizado no local, proteger-se a  cabeçacom uma bolsa, por exemplo, contra os estilhaços de vidro e queda de tabuleiros e objetos e abrigar-se em um terreno aberto, praças, parques, etc.
  • Não se aproximar de muros de blocos, máquinas automáticas de venda de bebidas, etc.
  • Tomar cuidado com postes semi-destruídos e fios elétricos soltos.
  • Quando não tiver uma praça por perto para se abrigar, verificar as condições do local com calma e procurar um local altamente seguro, afastado das edificações.

(3) Próximo ao mar
  • Ao sentir um abalo sísmico, abrigar-se rapidamente em um local alto e seguro. Não se aproximar do mar até a liberação da advertência contra tsunami.

Bom, pessoal, como vemos, não estamos seguros em nenhum lugar do mundo. No Brasil, precisamos ter precaução com assaltos, sequestros e bala perdida (usamos grades, cadeados, esquemas de segurança, etc, etc), aqui não temos preocupações com isso, mas temos precauções com fenômenos da natureza. Por enquanto estou mais tranquila aqui. Espero que continue assim.:)

É isso, por hoje é tudo! Falei demai... ufa!

Bom fim de semana!

Bye bye

Fabiana

2 comentários:

  1. Fabi, é isso aí não estamos seguro em nenhum lugar, se não é por fênomenos da natureza, são assaltos, acidentes, doenças... é para ficarmos neuróticos.

    Adorei em saber que vc se senti segura. Depois que li até eu fiquei mais tranquila.
    bjs
    Clau

    ResponderExcluir
  2. Tem razão, Clau, não existe lugar perfeito...
    Eu me sinto segura aqui porque graças a Deus não não aconteceu nada grave enquanto eu estava aqui, graças a Deus, né! rs
    Beijinhos

    ResponderExcluir